REVIEW | 16 Anos de Velocidade Furiosa

Já lá vão 16 anos desde a estreia do primeiro Velocidade Furiosa. Paul Walker, Vin Diesel e carros (muito) rápidos, em filmes de acção com efeitos inacreditáveis que desafiam cada vez mais as leis da física. Oito filmes e dezasseis anos depois, a saga chega ao fim (será?). E foi uma boa corrida (pun intended)

Fomos apresentados ao mundo de Velocidade Furiosa pela primeira vez em 2001. Conhecemos Brian O'Connor (interpretado por Paul Walker) e Dominic Toretto (Vin Diesel), um dos pares mais imporváveis da história do cinema. Mal sabia eu que isto ia marcar o início de um dos maiores e mais rentáveis franchisings da história do cinema. Facto é que o filme realizado por Rob Cohen teve um orçamento de cerca de 38 milhões de dólares e arrecadou 207.283.925 $ em todo o mundo. E claro, assim nasceu um franchising

A história começa com Paul Walker no papel de Brian O'Connor, um polícia que se infiltra no mundo das corridas ilegais, para apanhar uma rede criminosa de tráfico de equipamento electrónico. Escusado será dizer que a meio da investigação, O'Connor se envolve demasiado com a família Toretto, o que acaba por dificultar a missão e criar uma relação de amizade entre Brian e Dominic. 

Claro que, com o sucesso deste primeiro filme e a reacção mista da crítica, a história tinha de continuar, e em 2003 chega Velocidade + Furiosa. Desta vez, com um novo realizador atrás ds câmaras (John Singleton), acompanhamos uma vez mais Brian O'Connor a infiltrar-se numa rede criminosa em Miami. Este filme não foi tão bem recebido, tendo chegado a ser indicado para dois Raspberry Awards, que premeiam o que de pior se fez em cinema ao longo do ano. E assim, Velocidade + Furiosa cai facilmente no esquecimento

Três anos depois, aparece Justin Lin atrás das câmaras de Velocidade Furiosa: Ligação Tóquio, um terceiro filme da saga com um novo grupo de personagens que não inclui ninguém do elenco inicial, e cuja acção se centra algures entre aquilo que serão os filmes Velocidade Furiosa 6 e 7. Depois da fraca recepção por parte dos fãs com o segundo filme, muitos esperavam o ressurgir da saga, e apesar de arrecadar uma vez mais críticas mistas (maioritariamente negativas), Ligação Tóquio facturou cerca de 132 milhões de dólares em todo o mundo

Ainda com Justin Lin atrás da câmara, é em 2009 que estreia Velocidade Furiosa 4 - desta vez com o elenco original (Jordana Brewster, Vin Diesel, Paul Walker e Michelle Rodriguez). A história liga-se ao primeiro filme, ilustrando a história de Dominic Toretto cinco anos depois do primeiro filme. E finalmente começamos a ter vilões do mais variado que há: desde barões da droga a war lords, é a equipa de Toretto contra o mundo. E falamos uma vez mais de críticas divididas: apesar da forte aposta na produção, stunts e efeitos especiais, o argumento não é suficiente para convencer a crítica especializada. Entretanto, os fãs deliram, e continuamos para 2011, ano de estreia de Velocidade Furiosa 5: Assalto no Rio. Mantemos o realizador, e o elenco base, mas a históra muda de rumo.

É em Velocidade Furiosa 5 que largamos o tema das corridas de rua, e passamos a assaltos de milhões, roubos de carros e outros equipamentos. Passamos da corrida ilegal ao tiroteio, e é dada mais atenção à acção propriamente dita. Tendo sido altamente elogiado pela crítica, foi também um dos filmes mais rentáveis de todo o sempre, com 625 milhões de dólares arrecadados em todo o mundo. O filme também introduz Dwayne Johnson como Luke Hobbs, personagem que nos irá acompanhar até ao fim do franchise. E se Velocidade Furiosa 5 foi dos filmes mais rentáveis, o que dizer de Velocidade Furiosa 6 ? O filme arrecadou a módica quantia de 700 milhões de dólares em 2013, mantendo exactamente a mesma fórmula do filme anterior.

Para Velocidade Furiosa 7, o caso muda um pouco de figura. Temos agora James Wan atrás das câmaras, e morte de um dos actores principais da saga, Paul Walker, em novembro de 2013 obrigou a várias alterações de argumento. O actor já teria filmadas metade das suas cenas para Furious 7, mas nem por isso deixou de fazer falta. Por isso, o sétimo filme da saga marca o fim de uma era, ainda assim é um fim altamente rentável. Estamos a falar do filme mais rápido a alcançar a marca de 1 bilião de dólares arrecadados em bilheteira, o vigésimo filme a alcançar este recorde - tendo sido mais tarde ultrapassado por Jurassic World que atingiu esta marca em 13 dias. 

Em 2017, estreia Furious 8. Apesar de muito se ter especulado sobre a continuidade da saga, havendo inclusive notícias sobre a manutenção do elenco original até ao 10º filme, estamos a falar de mais um filme que fez história, agora com F. Gary Gray na cadeira de realizador. Actualmente é o filme detentor do recorde de maior abertura, tendo arrecadado só no fim de semana de abertura 540 milhões de dólares (ultrapassando O Despertar da Força). 

Adivinham-se mais dois filmes para a saga, até 2021, num total de duas décadas, dez filmes e uma saga - uma das mais rentáveis do mundo do cinema, e que continua a dar cartas ao fim de 16 anos. 



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