REVIEW | Gone Girl - Em Parte Incerta (2014)

Que coça que este filme deu a quem o viu. Baseado no livro homónimo da autora Gillian Flynn (que só por acaso é bestseller do New York Times), Gone Girl é o filme de 2014 realizado por David Fincher e protagonizado por Rosamund Pike (quem ainda não viu que se prepare, a mulher é FOGO !) e Ben Affleck.

Tudo tem muito que se lhe diga neste filme, tudo. Começando pela história: no dia do quinto aniversário de casamento a mulher de Nick Dunne desaparece quase sem deixar rasto. É, portanto, um thriller. Tem tudo para ser bom: mistério, intriga - ah, e o marido pode ser o assassino. Só que vai mais longe, muito mais longe que isso. Na primeira hora de filme, acostumamo-nos a Nick Dunne, ao marido preocupado, ao marido traidor, acostumamo-nos à paisagem, às pessoas, aos cenários. Mas na segunda hora todas essas imagens são destruídas e vemos tudo, menos o que esperávamos ver. 

(Uma pequena curiosidade, foi a própria Gillian Flynn quem escreveu o argumento do filme.)

Passando agora às interpretações: nunca se apreciou muito por aqui o trabalho do Ben Affleck, tirando talvez num brilhante filme chamado Argo (que o próprio realizou). Em Parte Incerta foi surpreendente, também pela sua prestação - vemos mais dele que o sorriso milionário. A interpretação da personagem de Nick Dunne é menos contida, mais natural, sendo consequentemente mais fácil de acreditar no papel do "marido preocupado" e mais fácil de ficar surpreendido quando surge o "marido traidor". Quanto a Rosamund Pike, já foi dito aqui anteriormente que a mulher é FOGO - o seu papel neste filme é do mais impressionante que há e vai do oito ao oitenta como água a ferver. Foi sem dúvida brilhante, e verdadeiramente surpreendente - faz-nos passar a primeira metade do filme a adorá-la, e a segunda a detestá-la. 

Em resumo, Gone Girl - Em Parte Incerta tem todos os ingredientes que um bom thriller precisa. E mais alguns, podendo ser (quem sabe), um forte candidato aos óscares em 2015.


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