REVIEW | Jogo de Alta Roda (2017)

janeiro 29, 2018
O mais recente filme do realizado r e argumentista Aaron Sorkin é uma agradável surpresa. Baseado em factos verídicos e na vida da princesa do póquer Molly Bloom, conta com Jessica Chastain no papel principal - papel esse que pode bem ser um dos melhores da carreira da actriz. Bem estruturado, com interpretações geniais e uma excelente banda sonora, é um filme a não perder. 

Molly Bloom, uma ex-esquiadora olímpica, conduziu os maiores e mais exclusivos jogos de póquer de Hollywood e Nova Iorque. Os jogos foram conduzidos durante uma década, até que Molly foi presa numa madrugada em sua casa por dezassete agentes do FBI. Os jogadores da lista de Molly eram estrelas de Hollywood, do mundo do desporto, titãs dos negócios e, finalmente, a máfia russa. O seu único aliado é agora o advogado  Charlie Jaffey, que aprende que há muito mais em Molly que aquilo que os tablóides levam a crer. 

A premissa é extremamente promissora e não deixa nada a apontar, com Molly a narrar a sua própria história ao mesmo tempo que vai sendo acompanhada pelo seu advogado. O elenco é um luxo, com destaque para Jessica Chastain que está impecável como Molly, Idris Elba e ainda Michael Cera. A construção da história é fluida e corre com naturalidade, ajudada pela realização de topo de Aaron Sorkin na sua estreia como realizador. 

Temos também que oferecer destaque ao guarda roupa fenomenal, e que ilustra de modo impecável a evolução de Molly desde os seus tempos com esquiadora, passando pela sua curta carreira como empregada de bar e até chegar a estatuto de princesa do póquer. Outro especial destaque neste filme passa pela banda sonora, que embora por momentos possa parecer obtusa, oferece ao filme o cunho pretendido e deixa a atmosfera ideal para conhecermos a história de Molly Bloom. 

As duas horas de filme deslizam rapidamente, e terminam numa foleira mas verdadeira nota sobre as virtudes de falhar, nos raios de esperança em tempos de guerra, oferecendo uma moral sem igual. A luta, os jogos e as falhas nunca acabam, mas também a recompensa chega de uma forma sempre interessante e afiada. Ganha-se e perde-se neste jogo, e Aaron Sorkin nunca esquece quão perto está do precipício nesta sua estreia na realização - oferecendo um trabalho impecável e que merece ser visto. 


1 comentário:

Identificate disse...

Uhm vou por na minha lista!

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