FESTIVAIS | Curtas Portuguesas no MOTELx

Ainda no rescaldo do festival MOTELx, é relevante fazermos aqui uma menção especial ao cinema português que nos ofereceram a possibilidade de ver nesta edição. Sob a forma de curtas metragens, vimos várias obras de realizadores nacionais, alguns já conhecidos do meio, outros nem tanto - mas todos cheios de talento, e merecedores de menção especial. 


O MOTELx é um grande motor de divulgação e promoção do cinema português, havendo duas competições que vale a pena mencionar. A primeira, e talvez a mais importante, é o Prémio MOTELx para melhor curta de terror portuguesa, inserida no prémio Méliès d'Argent. A segunda é o passatempo em parceria com a Yorn, de seu nome Yorn MicroCurtas. Para o Prémio MOTELx tínhamos nove filmes a concurso, todos inseridos em géneros e subgéneros variados do terror, com especial destaque para o vencedor Gonçalo Almeida com a curta Thursday Night. Mas não foi esta a única curta-metragem que nos impressionou... 

4 - #blessed (Diogo Lopes, 2017)
A curta metragem de Diogo Lopes conta com um elenco já conhecido de muitos: Ana Sofia Martins, Matilde Breyner e Sara Salgado participam neste filme de 10'. Uma ode à sociedade das redes sociais, que consegue oferecer com ironia e um twist minutos de entretenimento puro e muito humor negro.


3 - O Candeeiro - Um Filme à Luz de Lisboa (Henrique Costa e Hugo Passarinho, 2016)
Ainda numa onda de humor negro, chega a curta de animação O Candeeiro, pela mão de Henrique Costa e Hugo Passarinho. Sem diálogos, a curta presta homenagem a uma Lisboa antiga, de velhos hábitos e vielas escuras. O resultado são seis minutos bastante irónicos, mas de um encontro relevante entre passado e presente.



2 - Entelekheia (Hugo Malaínho, 2017)
Este filme foi uma surpresa. A curta de Hugo Malaínho é a relação do artista com a beleza, a procura da perfeição. É a história de um escultor obcecado com a obra de arte perfeita, para a qual utiliza as vítimas ideais - os marginalizados, e deixados de parte por uma sociedade fútil e desprovida de humanidade. É uma crítica bem mais séria e bem mais assustadora ao mundo em que actualmente vivemos. 



1 - Depois do Silêncio (Guilherme Daniel, 2017)
O melhor, como sempre, fica para o final. A curta que recebeu a menção honrosa do júri do Prémio MOTELx pelo excelente argumento e trabalho de fotografia, seria também um mais que justo vencedor. Com Depois do Silêncio, Guilherme Daniel entrega-nos uma revisão do zombie, com uma revisão estética de uma já típica personagem do meio. Com isto, o realizador pretende também uma desconstrução do género, que resulta num belo trabalho digno de menção especial.


2 comentários:

Paulo Faria disse...

Muito interessante estas curtas, confesso que não conhecia nenhuma, mas gostei e fiquei curioso com O Candeeiro :) Boas dicas e obrigado por divulgares o cinema português :)

Bitaites de um Madeirense

inês retorta disse...

Houve algumas que infelizmente não consegui ver, havia tantos filmes no programa do festival que tive de fazer opções. Estas pelo menos foram das que mais gostei. Obrigada pelo teu feedback !

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