REVIEW | Deadpool (2016)

Finalmente, finalmente, FINALMENTE. Um dos filmes mais aguardados de 2016 chegou às salas e é (quase) tudo o que prometia. Falo, é claro de Deadpool, o mais recente filme dos Marvel Studios, protagonizado por Ryan Reynolds. 

Deadpool é, de facto, tudo aquilo que promete. Tem um vilão a sério, uma banda sonora à maneira, e o filme é, do princípio ao fim, uma comédia. Ouvi comentários do estilo "ah, mas é um filme a gozar com os super-heróis". Não, meus senhores. Deadpool não goza com os super-heróis, Deadpool é o super-herói (se bem que não aprecia a "alcunha"). E perdoem-me os geeks que por aí andam por eventuais heresias cometidas no decorrer deste artigo. 

O argumento do filme é algo já muito estudado no universo dos super-heróis. De alguma maneira, acabam todos por ir dar ao mesmo: boy meets girl, depois uma doença, uma mutação e voilá, habemus Deadpool. Se ao menos fosse assim tão fácil. A história de Wade Wilson, aka Deadpool, é nos contada de uma forma única neste estilo de filmes. Ryan Reynolds fala connosco através do écran, e até mesmo quem não gosta particularmente de filmes baseados em BD se envolve sem querer com a personagem - o que só beneficia mais o filme (e justifica grande parte dos mais de 500 milhões de dólares já facturados em 10 dias).

Ora pois bem, Ryan Reynolds. Nunca apreciei o seu trabalho, especialmente em Lanterna Verde (sim, aparentemente já tinha "genes" de super-herói). Mas em Deadpool é uma muito agradável surpresa, a personagem parece talhada exactamente para o actor e este eleva Wade Wilson a todo um outro nível. Por isso está aprovadíssimo, e na medida em que já se antevê a sequela, não temos razão de queixa. 

Em suma, Deadpool é um filme bem conseguido, com efeitos espectaculares, em que o espectáculo começa e acaba com Ryan Reynolds (não falámos aqui sequer de Morena Baccarin, Ed Skarin ou Gina Carano). E merece todas as estrelas, numa fantástica classificação de 8.5 no site IMDb. A nós, resta-nos aguardar a sequela.