REVIEW | A Rapariga Dinamarquesa (2015)

É impossível ficar indiferente ao mais recente filme de Tom Hopper, nomeado agora para quatro óscares. A história inspirada na vida de Lili Elbe e Gerda Wegener é retratada no grande écran com rasgos de delicadeza e brilhantismo, trazendo consigo uma banda sonora, guarda roupa e interpretações fantásticas de Eddie Redmayne e Alicia Vikander. 

Apesar de ser uma adaptação livre daquela que foi a vida de Lili Elbe, e de ser baseado no bestseller do mesmo nome, A Rapariga Dinamarquesa é um filme que prima pelo seu brilhantismo - e em particular pela dedicação dos actores principais. Alicia Vikander (uma das mais promissoras actrizes da actualidade) interpreta Gerda Wegener, a incansável esposa de Einar Wegener (Eddie Redmayne)- uma mulher que vive no corpo errado. Einar acaba por ser o primeiro homem a realizar a complexa operação para se tornar mulher, e chamamos-lhe agora Lili Elbe. 

O filme é todo ele, delicado, adaptando o controverso tema que retrata à visão do espectador (não esquecendo que estamos em 1926). Do ponto de vista técnico, somos arrasados com uma cinematografia fantástica e imagens de cortar a respiração. Seguem-se o guarda roupa e a caracterização de personagens, também merecedores de ovação. E podemos ainda observar a interpretação dos actores, em cujas expressões quase sentimos todas as emoções ds suas personagens. Também a banda sonora, da autoria de Alexander Desplat (responsável pela música de O Jogo da Imitação ou O Grande Hotel Budapeste) roça a perfeição, e enquadra-se perfeitamente em tudo o que vemos. 

Todo o filme serve, no entanto, para uma mostra de talentos tanto de Alicia Vikander como de Eddie Redmayne (uma vez mais). O argumento, além do cunho biográfico, não deixa de ser uma visão inteligente sobre um assunto difícil, contribuindo para fazer de A Rapariga Dinamarquesa um dos melhores filmes de 2015. 


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